Na última terça-feira (25), por motivos de saúde ( e irritação com
os seres humanos, por conta de uma amidalite) fui forçado a ficar em casa pelo
quarto dia consecutivo. Impedido de correr na praia como sempre faço, acabei
assistindo na TV aquilo que era chamado de “Novela das 8” nos anos 90. A tal da “Em Familia”. E me perguntei?
Por onda andam as novelas?
Sério, parece que todos os autores perderam a
mão. E não imaginei que Manoel Carlos fosse pelo mesmo caminho. É certo que
seus textos são lentos, açucarados , mas inspiradores. Temas de alguns pequenos
debates amigáveis. Passatempo de quem apenas quer se entreter sem complicacões.
Não foi isso que vi. Coisa chata e sem interesse nenhum. Acho a Julia Lemertz
ótima, mas sua Helena não será nunca a de Manoel Carlos. O elegante, cativante
e refinado conflitua com o simples, popular e institivo que a Helena dele pede.
Coisa que ( convenhamos) só a
Regina Duarte conseguiu até hoje. Com ponto ou sem ponto. E pronto.
Apenas uma
cena me lembrou o Manoel Carlos que eu passei a gostar de ver com a minha
família e que me trouxe recordações. Na cena na qual a personagem vivida por
Ângela Vieira fala após uma massagem, sobre amor e separação. Muito boa.
Gostava de assistir novela. Não acho ruim, e detesto os preconceituosos que só
criticam para se sentir superiores intelectualmente. Me diverti com A favoria e
Avenida Brasil. Isso mesmo, me
diverti! E é uma pena que muitos ainda tenham que se contentar com novelas em
seus entretenimentos e a falta de bons enredos que elas tem oferecido.
Que bom que
melhorei.
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