Os amigos do poder




Eles são seres curiosos. Atuam a cada dois anos,quando se sentem ameaçados financeiramente, quando seus privilégios são questionados ou ainda quando seus cargos estão em jogo. Ligados, na maioria das vezes, à política, esses personagens se perpetuam durante anos por meio de intrigas, da venda de informações privilegiadas e de articulações de caráter duvidoso. Agora, com menos de nove meses para o início das campanhas eleitorais de 2012, eles volta m à cena com a força que lhes são peculiares. São os amigos do poder, seja lá quem for., O que eles querem é estar por perto.

Podem ser comparados à corte de outras épocas: aqueles que se juntavam ao Rei para gozarem de privilégios.. Associando vaidade e poder, quaisquer estratégias são adotáveis quando se trata da manutenção do status e das mordomias conquistadas  a qualquer preço. Os amigos do poder podem ser encontrados nos mais diferentes segmentos. Na maioria das vezes possuem como moeda de troca a influência e voto em diretórios e executivas municipais de partidos, nos veículos de comunicação e até mesmo em empresas e companhias viciadas em investir em campanhas eleitorais. Os amigos do poder, assim que têm a certeza da direção da maré, correm com seus supostos benefícios para o poderoso da vez. A receita até o momento tem sido infalível.

Em Macaé, um município relativamente pequeno, podem ser facilmente identificados e ainda assim se mantêm ao longo de sucessivas gestões municipais. Mas neste ano, que antecipa a sucessão municipal, o quadro não está muito favorável para os amigos do poder. Nas eleições passadas, suas investidas simultâneas, aos candidatos das mais diversas posições lhe possibilitaram  garantia de vitória. Desta vez não. Até o momento, flertar com qualquer um dos futuros candidatos implicará automaticamente a perda ou renuncia de seus atuais benefícios. O momento tem sido de tensão e preocupação para os mais novatos e de desespero para alguns amigos do poder.

Talvez esta nova corrida eleitoral traga o temor que muitos ansiavam para os amigos do poder, em uma eleição que promete ser atípica por inúmeros e recentes acontecimentos. Esses amigos terão que se expor, se decidir antecipadamente e consequentemente firmar publicamente uma posição. Em um processo que poderia ser chamado de “seleção natural”, veremos a face e assistiremos a queda desses personagens rumo à estaca zero. Se não for  o seu fim, que seja ao menos um sopro de esperança que nós, cidadãos, merecemos para continuar acreditando  na eficiência do exercício da cidadania e na possibilidade de transformação de nossa sociedade.


Muitos  aguardam ansiosamente o momento da exposição começar. 

Comentários

  1. Pois é meu querido...

    Estamos em contagem regressiva. Nessa eleição, as máscaras terão que cair, e as pessoas terão que assumir um lado. Diferentemente dos outros anos, que as pessoas ficavam em cima do muro, essa eleição terá papel fundamental, pq os lados são completamente opostos.

    E não assumir um lado, pode ser tão fatal, qnto assumir.
    As pessoas que não se assumiram, por medo ou qualquer outro motivo, na eleição passada, quase custaram a eleição do atual prefeito. O que quer dizer que, "calejados", nessa campanha, os candidatos devem exigir posição de seus "amigos do poder".

    Resumindo: Os amigos do poder dessa vez, terão que embarcar de corpo e alma em um barco, e torcer para suas previsões serem as certas. Pq nessa eleição, ou ganha, ou perde, não existirá meio termo.

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