Sexta-Feira, dia 7 de Outubro: Que Deus (e os macaenses) nos ajude!



Esqueçamos os próximos jogos desta semana, shows, eventos sociais e culturais. Nada é mais importante esta semana que a sexta-feira, dia 7 de outubro. Este é o prazo que os candidatos aos cargos de prefeito e vereador possuem para se desfiliarem de seus atuais partidos e migrarem para novas legendas. O significado dessa atitude antecipa o cenário eleitoral de 2012, o perfil político a ser adotado em seguida pelos atuais políticos e o comportamento daqueles que nos últimos anos receberam apoio (ou reconhecimento) a ponto de se lançarem aos caminhos da Política. O dia seguinte cabe a nós construir.

Acredito ser a primeira vez em que Macaé passará por uma tamanha transformação política. Não aquela envolvendo seus candidatos a prefeito ou a vereador. Mas no sentido eleitoral, do cidadão, do eleitor. Hoje por mais que se questione a vitória de determinados candidatos, a verdade é que tudo só será definido no ano que vem. E até o dia da eleição, os macaenses terão tempo suficiente para acompanhar, registrar, investigar, se acomodar, apoiar, se isentar, reclamar e inclusive escolher quem, realmente merece lhe representar. Não é tão simples assim. Votar em Macaé tem sido uma das ações de cidadania mais ambíguas dos últimos anos.

Por isso a importância da sexta-feira, dia 7. Tudo começa após este dia. Os que se apresentaram até o momento como carneiros, poderão ser amigos dos lobos. Os apedrejados poderão ser vistos como injustiçados ou até mesmo como salvadores em algumas iniciativas pelo município. Aqueles que sempre estiveram do lado opositor se mostrarão muito mais situação que os próprios lideres de apoio a atual gestão. É a política. Em seus níveis positivos e negativos.

Por isso, o desafio para nós macaenses, partir de sexta-feira, será julgar desses possíveis candidatos, o trabalho. O melhor dos merecimentos. As iniciativas positivas merecem reconhecimento. A utilização de pessoas, situações e valores ideológicos com o intuito de se promover, não. Parece uma matemática fácil, mas também não é. Ainda estamos presos, de forma assustadoramente demagógica a questionar e criticar, mas dificilmente avaliar. Um bom representante não precisa ser de oposição ou de situação. Ele deve ser comprometido com sua obrigação. Podendo criticar dentro e fora de seu quadro político, mas sempre visando o comprometimento com quem representa.

Por isso, prestemos atenção a partir de agora nos próximos candidatos e não em suas legendas.  Mas sim, em suas propostas e comprometimentos com a melhoria do município. Apoiar ou não um candidato é acreditar em sua competência, mas a sua relação com os partidos (antes ou depois do dia 7) também diz muito sobre ele. Cabe agora observarmos. Como sempre, seremos nós que no fim, decidiremos. 

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