Macaé, profissionais e seu mercado de trabalho


Macaé é hoje a 8ª cidade mais rica do País. Com 200 mil habitantes e com mais de R$ 18 milhões de Produto Interno Bruto (PIB), próximo a R$ 11 mil de renda per capita, 30% maior que a média nacional. Uma potência delicada de se administrar. Com tantas possibilidades, passou a receber todos os tipos de profissionais, aqueles que querem um emprego, os que querem crescer em um emprego e aqueles que querem ganhar com os empregos. Mas, dois tipos de profissionais ilustram um pouco a realidade que a cidade insiste abafar.
O primeiro pode ser denominado como o profissional da prostituição empregatícia, denominado assim mesmo pelos empresários ou consultores de RH da cidade. Eles se referem aquele empregado que não consegue permanecer no emprego por menos que seis meses.Nunca fica sem emprego, mas também nunca consegue criar vínculos e consequentemente se envolver com o trabalho. É da empresa que pagar mais. Até outra oferecer mais. E outra, e mais. Seu lema é: “Fico lá (na firma) enquanto não consigo algo melhor”.
Este tipo de profissional é o Calcanhar de Aquiles de qualquer empresa que hoje se encontra em Macaé. Não é um problema apenas do município, mas aqui, com uma cidade em ebulição de vagas, as empresas não conseguem investir, confiar ou dar continuidade ao ser corpo de funcionários. Consequentemente, as empresas estão ficando cada vez mais criteriosas e receosas na contratação de profissionais que residem há tempo na cidade e que não criam histórico nas empresas. Especulação profissional é mais que saudável, mas no município e se tornou, um pequeno mercado de prostituição.
O segundo profissional é propriamente o da prostituição. Vindas do Espírito Santo, Campos, Rio de Janeiro ou daqui mesmo, elas já garantiram o seu espaço dentro do setor Petrolífero. Para o bem ou mal. São profissionais conscientes de seu papel e atuam com tal profissionalismo administrativo que faz frente a muito gerente de média empresa por aqui. Elas cursam universidade, ou de alguma forma já se estabeleceram. Dividem apartamento por que possuem planos futuros. Trabalham 4 dias por semana e ganham até 2mil por mês. Refiro-me aqui as novas garotas de programa, aquelas que definitivamente atendem ao mercado de Macaé e que até amanhã, competirão de igual pra igual, com os negócios da Feira Offshore.

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